Solidão é ter a casa cheia
e, mesmo assim, sentir o vazio
que ecoa nas paredes,
como um sussurro de memórias
que se foram sem aviso.
É olhar pela janela
e ver o mundo a girar,
enquanto uma parte de mim
permanece presa ao passado,
desejando um adeus que nunca aconteceu.
Solidão
é dançar com as sombras na noite,
onde a luz mal chega,
e cada passo se torna um lamento.
É carregar segredos pesados
que se acumulam no peito,
como pedras que não consigo soltar.
É o contraste entre risos ao redor
e o silêncio ensurdecedor
que preenche meu coração.
Solidão
é essa ânsia ardente
de ser ouvida e compreendida,
mas encontrar apenas ecos vazios.
É buscar consolo em lembranças
que aquecem e ferem ao mesmo tempo,
um turbilhão de sentimentos
que me arrasta para longe do presente.
E assim, enfrento a solidão,
um companheiro indesejado,
mas que, estranhamente, conheço tão bem.
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